Benchmarking é fundamental, já que é natural que todo empreendedor queira que a sua empresa seja a melhor do segmento.
Mas, por vezes, esbarramos em empecilhos que impedem a jornada contínua em busca do sucesso.
Podem ser questões pontuais, mas que, no contexto, atrapalham a caminhada.
Nesse ponto, também é natural que se busque alternativas para solucionar essas dificuldades.
Então, por que não se espelhar nas soluções obtidas por outras empresas?
Analisar a concorrência é saudável, principalmente quando encontramos nelas bons exemplos de empreendimento.
Usar as empresas concorrentes como parâmetro é uma ferramenta poderosa, chamada benchmarking.
Sabe aquela frase famosa, de que “a grama do vizinho parece mais verde”.
Ela pode ser aplicada a esse conceito, sem sombra de dúvidas.
O benchmarking consiste em analisar as melhores práticas do mercado e compreender como essas melhorias podem ser aplicadas em seu próprio negócio, buscando ganhar mais e gerar maior poder competitivo.
Vamos aprender, a partir de agora, o que é o benchmarking e como podemos aplicar, na prática, as suas resoluções.
Através de um passo a passo bastante simples, comece a analisar sua concorrência e absorver todos os benefícios, de modo a aumentar a eficiência de sua empresa.
Então… o que é o benchmarking?
Antes de começarmos a aplicação prática da técnica, é preciso compreender um pouco mais sobre ela.
De fato, o benchmarking é uma estratégia de marketing que intenciona aumentar a sua própria eficiência, baseado em casos de sucesso da concorrência.
Através de uma pesquisa efetiva, os gestores são capazes de comparar o funcionamento da própria empresa, em comparação com a da principal concorrente de mercado.
É natural que se analise os produtos, as práticas empresariais, o modo como ela se apresenta no mercado, sua gestão organizacional e até mesmo a gestão financeira.
A intenção final dessa análise, é compreender em quais pontos a concorrência tem apresentado uma melhor atuação e determinar uma maneira de absorver esse modo de trabalho em seu próprio empreendimento.
O uso do benchmarking é importante no intuito de encorajar a crescente melhoria das empresas, para que elas fujam da estagnação.
Dessa maneira, elas estão em constante aperfeiçoamento, resultando em sua posição competitiva no mercado.
Porém, é fundamental destacar que o benchmarking não consiste em “copiar” os conceitos trabalhistas de outra empresa, muito menos minar a produtividade dos outros.
Ele busca, simplesmente, enxergar quais são as melhores práticas da concorrência e propor uma adequação ao seu próprio negócio.
Se o que eles estão fazendo está dando certo, por que não incluir isso em suas práticas também?
Os tipos de benchmarking
Existem quatro tipos de aplicação do benchmarking. Entenda como eles funcionam:
Benchmarking interno:
Esse modelo visa a análise das boas práticas da própria empresa, mas que se referem à outra unidade.
Por exemplo, o que faz a filial X ter melhor desempenho que a filial Y?
Dessa forma, a intenção é compreender os benefícios e aplica-los de forma prática em todas as agências.
Benchmarking competitivo:
Esse modelo é o que analisa, em suma, as práticas da concorrência.
A partir dos resultados obtidos pela pesquisa, são determinadas estratégias que visam a adequação dos mesmos à empresa, de modo a superar a concorrente e melhorar o próprio empreendimento.
Benchmarking funcional:
O intuito dessa análise, é comparar o processo de trabalho das organizações.
Esse modelo de benchmarking intenciona, principalmente, agregar referências de sucesso na empresa.
Nesse caso, essa comparação não precisa ser feita com uma concorrente direta, já que a intenção é apenas absorver o conhecimento de alguma organização que possua sucesso na produção interna.
Benchmarking de cooperação:
Quando duas empresas trabalham em parceria, compartilhando suas informações e ajudando-se, mutuamente, a aumentar a produtividade.
Empresas já consagradas também são adeptas do benchmarking de cooperação, ensinando os seus processos vitoriosos para os empreendedores menores.
Passo a passo: como fazer benchmarking?
Basicamente, para instalar um processo de benchmarking, é necessário uma série de etapas estratégicas, para conseguir compilar o máximo de dados e, posteriormente, adequá-los à realidade da sua empresa.
Porém, é importante que se tenha em mente que, para que os resultados do benchmarking sejam válidos, a equipe se mantenha em um contínuo processo de comparação, para que a melhoria não seja apenas pontual.
Por vezes, a solução de um problema específico só é conquistada a partir da modificação de muitos outros fatores.
Por isso, é interessante fazer uma análise abrangente, para absorver os aspectos essenciais que a sua empresa busca.
Veja o passo a passo do benchmarking e como fazer.
1 – Analise o seu próprio negócio
De nada adianta você analisar os processos da concorrência, sem saber quais pontos precisam ser melhorados dentro de sua própria empresa.
Portanto, antes mesmo de começar a vislumbrar as boas práticas do seu concorrente, faça uma análise em si mesmo.
Busque compreender:
- Quais são os pontos fortes do seu negócio;
- Quais são as áreas que necessitam de reformulação;
- Como está a cultura e o comportamento de sua organização;
- Qual é a posição de sua empresa no mercado;
- Como ela pode melhorar sua posição.
2 – Planejamento interno
Definidas as questões implementadas no item anterior, é necessário estabelecer as respostas dessas perguntas.
Com elas, você conseguirá determinar qual é o seu objetivo: aumentar a produção, melhorar o atendimento ao cliente, aperfeiçoar as técnicas de trabalho.
Tendo o seu objetivo definido, você conseguirá compreender qual caminho precisa ser percorrido para alcança-lo.
3 – Definir quais empresas serão analisadas
Quando você determinar o seu objetivo, também conseguirá prever qual o tipo de benchmarking que deseja aplicar, se é competitivo ou funcional.
A partir daí, relacione quais empresas podem te trazer bons exemplos de prática, criando um referencial para a posterior análise.
4 – Faça a pesquisa
Essa é a parte da ação.
Utilize todos os recursos disponíveis, desde informações de domínio público, até pesquisas de campo, com consumidores.
É muito importante que você fundamente a sua pesquisa, baseado no que determinou como necessário mudar na sua empresa.
5 – Aplicando os dados obtidos
Com a obtenção dos dados, você fará a comparação real entre a sua empresa e a concorrente.
Analise todos os processos possíveis, tentando identificar as boas práticas da concorrência, e determine os seus pontos falhos em relação a elas.
Dentro de suas possibilidades (sejam orçamentárias, de estrutura ou de pessoal), identifique o que pode ser absorvido e defina as ações para a aplicação prática da análise.
É fundamental estipular um prazo para que essas metas sejam cumpridas.
Isso irá garantir a saúde de sua empresa, pois, de nada adianta espelhar a concorrência e morrer sufocado no processo de implantação de melhorias.
Se necessário, faça aos poucos, respeitando o ritmo de seu negócio.
6 – Resultado final
Como já dissemos, o benchmarking não deve ser aplicado apenas com a intenção de resolver um problema pontual.
Sua intenção é melhorar a posição na empresa, baseado nas boas práticas da concorrência. Por isso, dificilmente o seu negócio precisará de apenas uma única análise minuciosa, como é feita no benchmarking.
Tenha em mente que, de tempos em tempos, é saudável analisar qual o posicionamento do empreendimento perante o mercado e o que pode ser feito para melhorar essa postura, em um constante processo de evolução.